quinta-feira

Bairro da Penha!




Ao pesquisarmos os relatos que registram os primeiros tempos da história de Passos, encontramos dados valiosos que retratam a respeito da construção da Igrejinha da Penha.No dia 7 de setembro daqueles idos anos de 1867, o Reverendo Padre João da Fonseca e MeIo, vigário da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Passos, benzeu e inaugurou a Capela de Nossa Senhora da Penha, naquela época pertencente à paróquia da Matriz de Passos.

Essa Capela de original forma octogonal, que carrega em si, ao mesmo tempo o máximo de simplicidade e grande esplendor arquitetônico, com características singulares, vem há mais de cento e trinta anos encantando a todos com sua beleza, sendo o sÍmbolo maior da religiosidade passense.
Foi construída devido aos esforços do Sr. Antônio Caetano Loulou, grande devoto de Nossa Senhora da Penha, que, alcançando uma grande graça na primeira metade do século passado, prometeu que construiria uma capela. Durante vários anos se empenhou, contou com o apoio de várias pessoas e após muita luta conseguiu atingir seu ideal.

O sino da Capela foi fundido por um ambulante que morava num rancho nas imediações de onde é hoje a Antonio Carlos. Ele foi juntando muitos pedaços de sinos até fundir o grande sino da Capelinha na data da inauguração da Capela, a imagem de Nossa Senhora da Penha foi conduzida desde a árvore de Santa Bárbara, na praça do cemitério, até a focalizada capela.

Em trinta e um de agosto de 1947 foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Penha, estando à frente o vigário Padre José Pires que ficou até 1952. Passaram ainda pela Paróquia, Pe. Moacir Starling de 47 a 54, Pe. Caio de Albuquerque e Pe. Manoel Pacheco de 52 a 54, Cônego João Luiz do Prado entre 54 e 55.A Paróquia esteve sob a responsabilidade de Monsenhor José Maria Matias da Silva de 2 de fevereiro de 1955 a 22 de novembro de 1983.

Certa vez ouvi num estabelecimento o Monsenhor contar que ainda bem menino, acompanhando seu pai como candeeiro, levando carro de boi para Pratápolis, sua cidade, pararam pra descansar na sombra da Capela e ele disse que um dia seria Padre ali daquela Igreja. Durante esse tempo todo foram vários os ajudantes e sacristãos da Paróquia. O que ficou mais conhecido foi Lazinho Sacristão. Os coroinhas que o povo mais lembra são os irmãos Chiquinho (hoje Dr. José Francisco Ribeiro da Silveira) e Toninho Ribeiro (Relojoeiro).
Atualmente a Penha talvez seja a maior das paróquias da cidade. Hoje, patrimônio cultural do nosso povo, a Igrejinha centenária é marca registrada do bairro da Penha e símbolo de Passos, inclusive registrado na bandeira oficial do município, devendo ser conservada para as próximas gerações que com certeza também saberão admirar o seu valor.



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